segunda-feira, 30 de junho de 2014

O poder da barganha

Hoje cedo algo me atraiu para uma página de uma senhora que faz crochê
A foto tinha muitas curtidas e o trabalho é realmente lindo.
Não me perguntem, porque não sei nem o nome da pessoa.
Mas na foto que ela postou, o lugar em volta, era bem simples e isso me fez pensar muito.
Agora, com algumas coisas que ocorreram nessa manhã, comecei a pensar mais ainda sobre a questão.
O artesanato é algo tão rico, tão meticuloso, tão exclusivo, mas ainda é o trabalho menos valorizado.
Ninguém mede esforço para comprar uma TV de 32 a 50 polegadas
Ninguém economiza na hora de priorizar a tecnologia.
Mas quando se fala em arte, em coisas feitas em quantidade grande, pronto!
Tem que ter desconto, tem que ser mais barato, etc e tal.
Pois é, quantas Tvs podem ser feitas em um dia numa indústria?
Mas quantos tapetes lindos de crochê são produzidos por apenas duas mãos.
Você já parou pra pensar que um trabalho artesanal deveria ser muito mais caro do que um produto industralizado? E que as artesãs deveriam ser muito mais bem remuneradas?
Afinal, são horas e as vezes dias para que um trabalho seja finalizado.
Existe uma dedicação imensa em se aperfeiçoar e conhecer novas tendências, mas não tem valor.
O cliente quer comparar as vezes com artigos que vêm da China.
E um preço de um produto artesanal não é calculado pelo valor da matéria prima, porque na maioria das vezes é muito barato.
O valor está na arte, na exclusividade, no carinho e dedicação, no tempo gasto e principalmente no diferencial de ser um produto feito a mão.
Quando você for optar por comprar um produto, avalie se realmente quer comprar um produto pelo seu valor.
Se este não for o principal motivo, está cheio de Ching Ling por aí

Me perdoem o desabafo, mas estou farta de ver como algumas pessoas lidam com determinadas situações.

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