segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Personalizadas e eu


Antes de contar porque eu decidi fazer essa postagem, vou contar pra vocês o começo de tudo.
E só leia se estiver com paciência, porque é uma loooooonga história.
Em 2008 eu estava fazendo os preparativos para o meu casamento e fui na 25 de março com a minha tia comprar umas coisinhas. E já estava na moda usar noivinhos em cima do bolo.
Entrei em uma loja que gostei muito e fiz, toda orgulhosa, a descrição dos noivinhos que eu queria. Demorava 15 dias pra fiar pronto (muito menos do que o prazo que eu peço).
Mas isso era outubro ou novembro, não me lembro direito. E eu me casei em dezembro.
No dia de ir buscar, chamei meu então noivo pra buscar os noivinhos comigo. E lá fomos nós, eu toda feliz porque ia pegar meus noivinhos do bolo.
Ah e naquela época eu não me importava se ia parecer com a gente porque eu achava que os bonequinhos eram a maior fofura e era isso que importava.
Pois bem, quando entramos na loja e o moço pegou os noivinhos, meu então noivo começou a "dar chilique" que ele não era daquela cor, que o nariz dele não era daquele jeito e que ele não tinha gostado da posição.
Eu fiquei muito envergonhada, o moço da loja também. Aí o moço da loja disse que poderia ser refeito porque as peças eram vendidas facilmente quando ficavam expostas na loja.
E lá fui eu, ligar pra moça do biscuit, pedir desculpas, explicar que pra mim estava bom, etc.
Aí fomos buscar de novo e ele gostou "assim assim..."



Casamos em 2008, eu trabalhava como recepcionista (fazia trabalho de secretária) numa empresa de arquitetura e isso foi bem naquela época da crise financeira nos Estados Unidos e a empresa estava fazendo umas economias malucas que doíam no bolso dos funcionários, pois os salários atrasavam demais, o que me deixava aborrecida sempre. Até que um dia eu  já bastante irritada acabei me desentendendo com uma das funcionárias, o que acarretou a minha demissão.
A minha insatisfação era tamanha que eu não queria mais trabalhar em empresa e me aventurei no mundo das massinhas. Ah, e o meu desejo maior era fazer os benditos dos noivinhos.


Esse da foto foi o segundo modelo que eu fiz, o primeiro não achei foto aqui, ficou bem feinho, mas me orgulhei dele. 
Fui fazendo baseado no modelo que nós queríamos pro nosso casamento.
Até que cheguei no modelo que ele queria de verdade e que dei de presente em um dos nossos aniversários


Bom e porque eu estou contando essa história?
Por que, castigo ou não, a história se repete comigo até hoje.

Alguns meses atrás eu fiz uma postagem falando sobre o fato de não fazer mais noivinhos.
E sempre me deparo com situações em que preciso fazer uma boneca personalizada, noivinhos, topo para aniversário e que por insistência ou carinho pela pessoa que me pediu acabo cedendo.
Bom, eu já passei por muitas situações desagradáveis com clientes que chegaram aqui e falaram bobagens, tanto é que tem peças que eu nem tenho foto por ter ficado com "trauma" da reação do cliente.

A maioria diz assim:
"Eu não sou dessa cor. Tá muito claro..."
(Aí vamos lá e pintamos a peça)
"Eu não sou assim, o cabelo não é assim"
"Tá muito gordinho"

E mesmo que eu explique, escreva, fale várias vezes que é bonequinho, que as carinhas são todas parecidas, que eu não trabalho com caricatura e nem com rosto humano, ainda assim muitas vezes ouço esse tipo de comentário/reclamação.
E mesmo que eu explique antes que o biscuit fica duro depois que seca e não tem como alterar a peça depois de pronta, eu sempre recebo mensagens pedindo pra mudar um braço, uma perna, uma pósição, etc.
E isso não gera só decepção, gera frustração, porque por mais segura e confiante que uma pessoa seja com o seu talento, uma crítica abala as estruturas.
E eu me dedico 100% a tudo que faço e fico muito triste quando uma pessoa critica um trabalho pelo qual foi dedicado tempo, carinho, atenção e tensão. Muita tensão. Porque quem não fica tenso fazendo um trabalho que requer aprovação e envolve dinheiro?

Este é o verdadeiro motivo porque eu prefiro me dedicar a lembrancinhas e peças para bebê.
É o que eu amo fazer, é o que eu faço com alegria, e fico muito feliz quando vejo olhinhos brilhando por uma peça feita por mim.
Então, você pode afirmar: mas tem quem goste.
Sim, tem quem goste e eu já tive o maior prazer de atender esses pedidos.
E se alguém insistir muito que eu faça algo personalizado explicarei novamente que: o biscuit não tem como alterar depois que seca, só dá pra refazer se tiver tempo, não faço rosto de pessoa, não vai ficar igual.
Mas prefiro não fazer para evitar aborrecimentos.


Caso você deseje encomendar peças para bebê ou criança, estarei sempre a disposição para te atender.
Visite minha loja virtual

Agradeço a paciência e carinho de todos que leram até aqui.
Deus abençoe você
Beijinhos

Obs: deixe um comentário, eu gosto muito de ler os comentários de vocês






Um comentário:

  1. É, infelizmente as pessoas não entende a parte técnica da coisa...Mas vc faz tantas outras coisas lindas, não vai ser isso q vai te deixar abalada! Bola pra frente Tati, e continua arrasando, amo suas criações!!!

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